Assim como as máquinas virtuais, os containers surgiram como uma forma de compartilhar um mesmo hardware físico entre várias instâncias, sem que uma possa interferir na outra (garantindo isolamento). A grande diferença dos containers é que eles funcionam como processos isolados dentro de um mesmo sistema operacional, diferente das máquinas virtuais, em que o hardware é compartilhado, mas cada uma necessariamente opera com um sistema operacional individual. Isso é muito vantajoso por permitir eliminar o “overhead” de consumo que cada instância teria para rodar seu sistema operacional individual. Assim, a instância pode ser reduzida tanto, a ponto de se tornarem micro-serviços.
Por causa dessa redução grande no “tamanho mínimo” de cada instância, fica viável dividir aplicações em vários micro-serviços, distribuindo as execuções entre vários containers, tanto para balanceamento de carga como para divisão de tarefas, tornando assim o ambiente muito mais prático, estável, rápido e escalável.
O que é Red Hat OpenShift?
Como há um aumento na quantidade de ítens a serem gerenciados devido às divisões dos micro-serviços, faz-se necessária a adoção de uma plataforma para automatizar o gerenciamento e orquestração dessa plataforma. Dessa necessidade, surgiu o OpenShift.
Trata-se de uma plataforma de gerenciamento e orquestração de containers, com monitoramento, automação, geração de relatórios e integração com outras ferramentas, controlando os containers, a partir do Kubernetes, que é a ferramenta que executa os comandos de controle.
Entendendo as necessidades das grandes empresas, a Red Hat, especialista neste mercado, oferece sua versão Enterprise do produto, o Red Hat OpenShift Container Platform. Trata-se mais uma vez da mesma ideia do OpenShift convencional, porém testado em grande escala, tanto a sua disponibilidade como a segurança.
Como funciona o Red Hat OpenShift?
Para entender como o Red Hat OpenShift funciona, primeiro, você deve compreender como era a tecnologia nas organizações anteriormente. Há pouco tempo, quando os softwares se tornaram a tecnologia do momento, muitas empresas a aderiram pelas vantagens oferecidas, mas uma nova necessidade surgiu: a de servidores para hospedá-los.
Por representar um alto investimento em aquisições, manutenções e atualizações, os servidores podiam tornar o negócio inviável. Então, só havia duas saídas: ou a empresa investia alto para ter seus próprios servidores ou dividia o investimento com outras, passando a compartilhá-los. No entanto, a solução do compartilhamento vinha carregado de riscos como falhas na segurança e baixos níveis de escalabilidade.
Para resolver esse problema e suprir as necessidades das empresas, eis que surge a tecnologia da virtualização das máquinas. Nesse modelo de solução, um servidor era utilizado para virtualizar outros e as organizações conseguiam adicionar vários servidores diferentes à estrutura sem a necessidade de um espaço físico maior.
Mas como cada nova solução gera uma nova necessidade, a virtualização exigia um operacional amplo em forma de plataforma instalada nos servidores principais, o que resultava em perda da eficiência. Outra solução surge, mas, agora, isolando o que realmente importa no servidor para rodar a aplicação, eliminando a necessidade de muitos sistemas operacionais na estrutura. Estamos falando da tecnologia de containers.
Ou seja, separa-se o container, em vez do sistema operacional, executando a função internamente em um servidor. Dessa forma, o consumo de memória fica limitado ao container em uso, não interferindo em outros, criando um isolamento total entre as aplicações.
É aí que entra o Red Hat OpenShift.
A ferramenta possibilita um gerenciamento fácil e eficiente do conjunto de containers.
Por exemplo: a empresa pode disponibilizar 20 containers ou micro-serviços para um e-commerce em substituição à máquina virtual, e adotar o Red Hat OpenShift para controlar a estrutura através de um dashboard (painel de controle). Com isso, a empresa organiza e distribui os dados e servidores de acordo com a necessidade do momento, agregando automação aos processos.
Quais são as vantagens do Red Hat OpenShift?
Atualmente, o Red Hat OpenShift funciona apenas como solução PaaS, mas deve expandir suas soluções para atender também IaaS (Infrastructure as a Service) em breve. Isso vai depender da existência de infraestruturas de TI usando containers. Conheça agora os principais benefícios da ferramenta:
ajuda a desenvolver, hospedar, escalar e entregar aplicações com tempo reduzido na nuvem;
reduz a burocracia, uma vez que contribui para tornar a equipe de TI mais homogênea;
melhora a disponibilidade, pois o sistema fica menos suscetível as falhas operacionais;
permite criar um ambiente de testes e classificar as tarefas de produção rapidamente;
a equipe de TI ganha tempo para dedicar maiores esforços a parte estratégica;
eleva o poder de processamentos dos servidores da empresa;
aproveita melhor os recursos computacionais da empresa;
reduz custos, já que consome menos recursos;
o ciclo de atualizações é mais rápido;
agrega flexibilidade ao sistema;
possibilita automatizar funções;
Quais são os principais desafios para a implementação dessa tecnologia?
Existem dois desafios principais: o primeiro consiste na adaptação da empresa à tecnologia, que pode ser difícil e demorada. Já o segundo é a resistência que a empresa enfrenta por parte dos profissionais de TI, já que terão de alterar toda a rotina de trabalho que possuem atualmente. Por isso, a implementação da tecnologia deve ser feita com base em uma decisão horizontalizada e não imposta.
Como implementar o Red Hat OpenShift na empresa?
Geralmente, a tecnologia é utilizada por organizações que já trabalham com algum modelo de software. Porém, para a estratégia funcionar corretamente, todos os envolvidos precisam estar dispostos a mudar a forma como atuam.
Isto é necessário, uma vez que serão realizadas migrações de softwares hospedados na nuvem ou em outros servidores, que, possivelmente, não possuem o formato OpenShift.
A estratégia vai exigir uma equipe de profissionais dispostos a realizarem formatações nas programações dos softwares para deixá-los em um formato compatível com o do OpenShift. Após a implementação, existem várias formas de se operar e um time de DevOps interno será necessário para fazer o controle. Dependendo do caso, a terceirização dessa função para uma empresa especializada pode ser a solução mais inteligente, gerando economia e maior eficiência.
Agora que você já conhece a tecnologia de containers e sabe que tem a Red Hat OpenShift como ferramenta de orquestração para facilitar o trabalho, não perca mais tempo.
Modernize as operações da sua empresa e agregue vantagem competitiva ao negócio.