HD não é tudo igual. Há modelos de discos rígidos de vários formatos, e dois dos padrões mais populares são o SATA e o SAS. Mas o que muda entre eles? Qual é o melhor para o seu uso?
SATA
A sigla significa Serial AT Attachement e se refere à tecnologia de transferir dados do PC para o drive. Veio depois do ATA com a implantação da transferência de dados em série, e não mais de forma paralela. É o tipo de HD mais utilizado nos computadores de casa e tem arquitetura ponto a ponto, fazendo ligação direta entre o controlador e o dispositivo de armazenamento.
Entre as suas principais características estão a sua conexão com dispositivos exteriores, reconhecimento de dispositivos após serem conectados, transferências de até 6 Gbit/s e codificação 8B/10B. Usa conectores de 70 mm, um cabo de dados com sete condutores e tensões de 3,3 V, 5 V e 12 V. Suas vantagens são velocidade transferência de dados, a utilização de hot-swap e suporte a de cabos mais finos.
SAS
A sigla significa Serial Attached SCSI, ou SCSI com Serial Anexado. Isso já diz bastante sobre como ele atua. É um novo padrão SCSI, porém com comunicação em série, não paralela. É como o SATA está para o ATA. Inclusive, ele foi inspirado no próprio SATA e tem uma grande compatibilidade com este padrão. O grande diferencial dele é que pode permitir a ligação dos HDs com extensores a uma única porta SAS.
A comunicação SAS é realizada com transmissão serial, full-duplex, taxa de transmissão máxima de 3 Gbps (375 MB/s), frequência máxima de 3.0 GHz, comprimento de cabo de no máximo 8 metros, suporta hot-plug, permite 4 dispositivos por cabo, cabo de 32 pinos e o consumo de 800mV. O SAS é um padrão que tende a ser utilizado em servidores – e não em computadores caseiros.
Padrões SATA
• SATA 150 ou SATA I:
foi a primeira versão desta tecnologia e o nome ficou conhecido pela sua taxa de transferência de 150 MB/s.
• SATA II: não aumentou a a taxa de transferência porém, foi adicionado recursos como NCQ (Native Command Queueing), técnicas para diminuir o movimento da cabeça de leitura que também é utilizada na tecnologia SCSI que será mostrada posteriormente.
• SATA 300 ou SATA/300: trabalhava com uma taxa de transmissão de 300 MB/s, o dobro da ultima versão da PATA.
• SATA 600: seguindo o nome, tem uma taxa de transmissão de 600 MB/s. Só lembrando que essas taxas mencionadas ao longo do artigo são taxas máximas, totalmente teórica. A previsão é de chegar a uma taxa de transferência bem maior no futuro.
Padrões SCSI
• SCSI 1: criado em 1986 a primeira especificação formal, esse padrão é a definição básica do barramento SCSI, protocolo de sinalização e um conjunto de comandos de 6 e 10 bytes. Suportando 8 dispositivos no mesmo cabo e usado em computadores Apple Macintosh. Sua taxa de transferência chegava a 3.5 MB/s em modo assíncrono, 5 MB/s em síncrono e tamanho máximo do cabo era de 6 metros.
• SCSI 2: surgiu por causa da incompatibilidade da versão anterior, nesta versão especifica um conjunto mínimo de comandos que devem ser implementado por todos os dispositivos (Common Command Set - CCS). Tinha suporte a cd-rom, scanner , tinha capacidade de executar múltiplas requisições de entrada e saída de forma simultânea. A taxa de transferência chegava a 10 MB/s na Fast SCSI e 20 MB/s com a Fast Wide SCSI.
• SCSI 3: existiram diversas versões ficando conhecidas como SPI (SCSI Parallel Interface) e foram normatizadas num conjunto de documentos de especificação do protocolo de comunicação e das características da camada física. A taxa de transferência chega a 640 MB/s.